quinta-feira, 13 de maio de 2021

Pequenos passos

 Como tem sido nos últimos meses, mais uma vez eu já acordei cansada. Mas, era mais um cansaço emocional, porque fisicamente eu estava bem. O que é estimulante, pois nos últimos nove meses eu tenho sofrido demais com dores nos quadris. Tenho psoríase há 30 anos, já tomei todos os remédios disponíveis para o tratamento, mas de uns 10 anos pra cá descobri que as dores nos pés e nos quadris não eram “a ciática”, e sim artrite psoriática.

Com a pandemia eu precisei migrar para as aulas online. Foi difícil no início, mas todas as teachers foram aprendendo, se adaptando e começando a gostar da nova configuração de aula. Mas depois de 4 meses dando aula na cadeira de madeira da sala, a dor começou... mais uma vez fui tratar a ciática, mas a ressonância magnética me mostrou que todas as minhas articulações da sacro-ilíaca estavam inflamadas, e não era de se espantar que não era pouca coisa, pois eu estava beirando a sandice, tamanha a dor, e precisava continuar minhas aulas, pois, como pagar as contas, right?

Pedi colo de mãe e vim morar com ela em outubro, eu precisava de ajuda e companhia para meus afazeres e me defender da pandemia. Rimei. Cheguei em outubro e não dizer quantas vezes fui a consultas médicas, quantos exames eu fiz – raio x, ressonância, ressonância com contraste, tomografia, infinitos exames de sangue – tive que renovar todo o meu cartão de vacina... tomei novamente todas as agulhadas da primeira infância, que o envelhecimento me agraciou com o esquecimento. Tomei umas 15 injeções em um espaço de 2 meses: furos 3 furos num braço, 2 em uma coxa, mais 2 na outra... e mês seguinte era mesma coisa. Mas é isso, vida de imunossuprimida tem dessas coisas.


Meu quadril direito. tudo que é branco está inflamado, dor demais.

Diante disso recorri às fisioterapias. Uma amiga antiga me recomendou uma fisioterapeuta que é acupunturista e trata a dor, e tudo mais no corpo! Uma maravilhosa, e ainda é uma profissional preta! Com duas semanas eu já sentia diferença. Depois encontrei uns estudantes de fisioterapia, numa faculdade vizinha da mamãe – grátis <3 – e temos sido muito bem atendidas, e depois de umas 4 sessões, as coisas já estão melhores.

Há 3 noites, li uma publicação de um perfil que sigo chamado @mandi.design informando que aquela noite seria a mis escura por anteceder a lua nova, não há luz suficiente para o satélite. E essa total ausência de luz  é o Marco da Transformação, e devemos, à noite, mentalizar qualquer coisa que queiramos que saia de nosso corpo e mente, de modo que você iniciaria o seu processo de cocriação, e que devemos refletir sobre a vida. Assim o fiz, pois imaginei muitas outras desesperançosas pudessem estar movimentando essa energia para o prana e assim o fiz.

Pedi que saísse toda dor, inflamação e doença que me acomete, que me tirasse o cansaço, a fadiga, o medo e a insegurança e a fraqueza de iniciar os novos processos que quero para uma nova fase da minha vida. Fiz, mentalizei, olhei para os céus e agradeci. Dormi.

No dia seguinte acordei mal, cheia de dor, minhas mandíbulas casadas com o bruxismo me mantiveram ocupadas, tudo doía, do pescoço aos ombros; também torço as mãos durante o sono, qual o nome disso? Tudo doía também! Mas apesar disso, tive um dia normal, mas consegui me organizar para dar minhas aulas, me organizar para ir à farmácia (isso pode ser um processo), e fui. Dia normal, sem dor, das no quadril.

Ontem fui para a minha fisio. As duas profissionais que me atendem são graduandas adoráveis e competentes! E fazem algo mágico: nos estimulam para os exercícios como se fosse um personal trainer numa corrida! Elas me perguntaram se eu já havia começado a caminhar, e apenas lhe dei aquele olhar de cumplicidade em que tudo se entende, ela sabia.

À noite, na página @quantica_e_espiritualidade, li que a frequência do planeta aumentaria e seria o momento de “materializar algo de forma palpável” e “transformar algo em físico”, e novamente palpei a minha cura! Pois, hoje, esta dor é o maior dos meus impedimentos: para dirigir, passear, limpar a casa e trabalhar mais, num ritmo normal, para recuperar aquele sentimento de “retorno à normalidade”.

Pois bem. Hoje, quando acordei, eu de fato me sentia bem. Zero dores, disposta, café da manhã reforçado. Voltei com meu desjejum para comê-lo na cama assistindo as notícias, como faço diariamente. Quando acabei senti algo estranho: percebi que não havia nenhum motivo para continuar ali deitada, era hora de descer e dar uma volta no condomínio. E-eu-fui!


Trilha sonora: "Don't you forget about me", do Simple Minds (minha música favorita)


Peguei meu celular com minha setlist de músicas da minha adolescência, Simple Minds, Information Society, Depeche Mode e, também, Cardi B, Beyoncé e Rupaul. Andei devagar como quem caminha sem pressa para nada. Estava uma manhã nublada e ventava, do jeito que amo! O que me ajuda a dar as 4 voltas no condomínio com mais facilidade, ao todo foram 30 minutos, e quando vi que era hora de parar fiz outra coisa: lagarteei! Como se diz no sul do brasil, quando se senta ao sol num dia fresco.

Lagarteando!

Subi para o apartamento e mamãe estava na varanda com o celular na mão. Ela me esperava para filmar “o dia que eu consegui descer para caminhar ao sol”, depois de 9 meses que estou aqui na casa dela me recuperando. Ela me abraçou quando me viu e ficou feliz pela pequena conquista, e agradeceu a Nossa Senhora de Fátima, a santa celebrada neste dia. Ficamos ambas felizes!

Afinal, depois de 9 meses, foi um parto, e como dizia o post, eu cocriei algo dentro dos pedidos que fiz: movimentei minha energia para cuidar de mim! Espetacular!

Well, parece que estou sendo protegida de vários lados, mas o abraço da mamãe foi o melhor!  Mas bom, bom mesmo, está sendo conseguir escrever mais um texto para este blog! Cocriar algo que faz sentido para mim!

Namastê!

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