sábado, 20 de janeiro de 2018

Mestra!

Este blogue está abandonado há dois anos. Quando o criei eu fiquei tão feliz pois além de amar escrever, sinto uma necessidade enorme de compartilhar o que penso como forma de terapia.
É claro que tinha noção do abandono, mas assim, eu parei para fazer um mestrado e infelizmente não consegui manter muitas outras atividades a tempo.

Minhas prioridades de hoje são um pouco (demais) distintas das daquela época, e definitivamente as coisas que preciso externar através da escrita também, principalmente após o complicado processo de escrever uma dissertação. Olha, já passei por péssimos bocados na minha vida no que diz respeito a questões emocionais, mas nada se compara ao tumulto que um mestrado causa em nossas vidas.

Se você é uma dessas aberrações que termina o mestrado no prazo e nem usa uma bolsa de estudos, pois consegue conciliar suas atividades do dia-a-dia com o stricto sensu, e no dia seguinte a sua defesa já está com o projeto de doutorado aprovado, me desculpe, você deve ser um alien! QUEM FAZ ISSO NOS DIAS DE HOJE??? Pois bem, há desses seres iluminados dentre nós pobres humanos desequilibrados com requintes de procrastinação.

Defendi minha dissertação há exatos dois meses e ainda não sei como consegui. é claro, minha orientadora foi praticamente uma das variantes de Nossa Senhora nos últimos momentos, a academia entendeu minhas dificuldades, e tive amigos maravilhosos ao meu lado que não me deixaram jogar tudo para o alto e assim fazer um financiamento e devolver toda a bolsa de estudos para a instituição que a financiou. Mas agora, que estou prestes a tocar naqueles escritos para enfim terminar minha pesquisa, fico refletindo o que poderia ter feito diferente (FAZER TUDO DENTRO DO PRAZO, MINHA FILHA!) e me questiono se, mesmo que eu tivesse feito tudo direitinho e defendido no prazo normal, será que não estaria livre das neuras pós-defesa? Me conhecendo como sou, tenho certeza que teria surtado da mesma forma, mas, por mais que eu queira ser a Pollyanna, eu não teria a consciência que tenho neste momento.

Como um amigo me disse logo em seguida, "tenha orgulho do seu título", e tenho, pois me custou muito, inclusive a minha saúde mental, e agora ele é meu e ele vai me definir sim! Ainda que eu me sinta mal por ter estourado todos os prazos. E a coisa mais gritante que minha Pollyana interior está me dizendo é: "Você não fez do jeito como gostaria e afetou muitas pessoas ao seu redor, mas você fez, Criolinha! Sempre que se sentir assim lembre-se do que sentiu na última virada do ano quando realizou para si mesma: 'EU FINALMENTE SOU MESTRA!', e carregue sempre essa frase consigo!"

Deixo a dica da minha experiência: não deixe de fazer, faça! Só desista se for para se proteger de algo que não tenha controle, mas se tudo estiver dentro do seu alcance, vá e faça! Se agarra naquele amigo que está do seu lado alisando suas costas enquanto você digita as últimas frases, e vá! Tá tudo muito esculhambado no mundo para sermos os nossos próprios esculhambadores! Vá e faça!!!

Beijos,

Criola!


20/11/2017 - Dia da minha defesa na UFSC (toda cagada)

Pequenos passos

 Como tem sido nos últimos meses, mais uma vez eu já acordei cansada. Mas, era mais um cansaço emocional, porque fisicamente eu estava bem. ...